Virginie Despentes, escritora e cineasta, conheceu uma fulgurante notoriedade após a publicação do seu primeiro romance Baise-moi (1993), que mais tarde adaptou ao cinema (2000). Tanto o livro como o filme exploram a experiência fundadora da violação na vida da autora. As suas obras pulp fiction transgridem com garra e irreverência as temáticas do sexo, das drogas ou da obscenidade, propondo a raiva como antídoto à ordem dos costumes vigentes. Despentes integra a Academia Goncourt desde 2016.