Nenhuma cor se compara ao vermelho; é a cor arquetípica, a primeira a ser dominada e reproduzida pela humanidade em pinturas parietais e adornos corporais. Vinculado ao fogo e ao sangue desde épocas remotas, o vermelho desdobra-se num labirinto cromático particularmente fecundo e ambivalente: cor do Graal e do amor nos romances de cavalaria, cor do Capuchinho Vermelho, será também a cor dos proscritos, das forças do mal, indiciando perigos e interdições. Marginalizado por Newton e renegado pela Reforma Protestante, o vermelho perde o seu estatuto de primeira cor e torna-se demasiado vistoso, e até imoral. Permanecerá, no entanto, como a cor do erotismo, da alegria e da revolução.
- Título original Rouge - Histoire d'une couleur
- Tradução José Alfaro
- 1.ª edição 2019
- N.º pp. 288
- Formato 12,3 x 18 cm
- EAN 9789898868657